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Emmy 2019: As surpresas, os acertos e os momentos marcantes

setembro 23, 2019

A oitava e última temporada de Game of Thrones não foi das melhores – fãs e críticos concordam, e até uma petição online foi criada pelos seguidores mais frustrados, pedindo que a derradeira fase fosse refeita. Porém, a seriado de fantasia da HBO ostenta o título de grande fenômeno da história da TV: assim sendo, o Emmy não lhe negaria o prêmio de melhor série dramática do ano. Mas foi quase… Das 32 indicações que a atração recebeu, ela venceu 11, menos da metade. A maioria dos troféus foram em categorias técnicas, que são entregues numa cerimônia separada. Na noite deste domingo, GoT só subiu ao palco três vezes: primeiro com todo o elenco para se despedir do público em uma breve homenagem, depois quando Peter Dinklage ganhou por ator coadjuvante, e, por fim, para receber o prêmio principal. Foi uma quase esnobada, lembrando que nove outros atores concorriam e a vitória de melhor direção em série dramática acabou nas mãos de Ozark.

Fleabag brilha entre as comédias
A série cômica britânica Fleabag, da atriz e roteirista Phoebe Waller-Bridge, chegou ao Emmy com tantos elogios que dificilmente sairia da cerimônia sem algum troféu. A dúvida, porém, ainda existia, já que as categorias de comédia deste ano estavam excelentes. Veep, em sua última temporada, era uma concorrente forte, assim como sua protagonista, Julia Louis-Dreyfus, uma unanimidade. The Marvelous Ms. Maisel, a que arrebanhou o maior número de indicações entre o gênero, era outra que estava no calcanhar de Phoebe. Mas a força de Fleabag se mostrou imbatível e o seriado da BBC, disponível no Prime Video, da Amazon, levou a melhor, embolsando o título de melhor série de comédia, além de melhor atriz cômica, para Phoebe, e melhor direção e roteiro.

A dura realidade de Chernobyl e Olhos que Condenam
As categorias de melhor minissérie tinham dois nomes fortes, Chernobyl, da HBO, e Olhos que Condenam, da Netflix. A primeira levou a melhor, conquistando três prêmios na noite, entre eles a de melhor minissérie. Mas no palco, os criadores da atração fizeram questão de ressaltar o bom trabalho da concorrente e da importância da ficção se desdobrar sobre fatos reais e como a verdade deve ser investigada e lavada a sério: motes das duas produções – Chernobyl apresenta os absurdos do maior desastre nuclear da história, enquanto Olhos que Condenam fala de racismo e o caso real de um grupo de adolescentes negros presos injustamente.

Discursos pela paz e igualdade
Como é de se esperar, a noite foi repleta de discursos de agradecimento com alguma mensagem de fundo. O mais emocionante ficou com Patricia Arquette, vencedora do prêmio de melhor atriz coadjuvante em minissérie, por The Act, que chorou ao lembrar da irmã trans Alexis Arquette, que morreu em 2016. “Perdi minha irmã. As pessoas trans estão sendo perseguidas, e eu choro todos os dias da minha vida. Alexis, vou chorar todo dia por você até que a gente mude o mundo para que as pessoas trans não sejam mais perseguidas”, disse a atriz. Já Michele Williams, vencedora do Emmy de melhor atriz em minissérie por Fosse/Verdon fez um discurso sobre igualdade salarial. Ela agradeceu por ter recebido salário igual ao dos colegas homens na série e fez um apelo para que isso se repita no mundo.

As boas surpresas
Se as categorias principais confirmaram as previsões, com Fleabag, Chernobyl e Game of Thrones vencedores, o mesmo não aconteceu com as de atuação. O motivo, porém, é que elas estavam bastante concorridas, o que dificultou a vida de quem fez bolões pré-Emmy. As surpresas foram agradáveis – e os vencedores praticamente deixaram para trás só um monte de concorrentes de Game of Thrones. Billy Porter levou o prêmio de melhor ator em drama pela ousada Pose, enquanto as novatas Jodie Comer (Killing Eve) e Julia Garner (Ozark) embolsaram as categorias de melhor atriz e atriz coadjuvante, respectivamente.

Clima de despedida
Em suas últimas temporadas, Game of Thrones e Veep tiveram momentos especiais: ambos os elencos, em momentos distintos, subiram ao palco para se despedir. Julia Louis-Dreyfus ainda aproveitou para encarnar sua egocêntrica personagem Selina e reclamou, dizendo que, até onde ela sabia, subiria ao palco sozinha, sem dividir os holofotes. Depois, a atriz desceu do salto fictício e elogiou o elenco de Veep, dizendo que o grupo se tornou sua família ao longo das sete temporadas do programa. The Big Bang Theory também teve uma homenagem, mas em vídeo, com a despedida dos atores no último dia de filmagem da 12ª temporada, com direito a muitos aplausos da plateia.

RAQUEL CARNEIRO / VEJA.COM


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